Olá, seguidor e seguidora do blog!
O título do artigo já dá uma noção do que está vindo: uma nova série de artigos, dessa vez com a temática: COMO EU APRENDI!
Parece até estranho, um instrutor com quase 3 décadas de experiência em ensinar e em prestar consultorias escrever um artigo com esse título, mas eu já explico o que me motivou.
Recentemente recebi um novo desafio da diretora da empresa em que trabalho.
Para quem não sabe, desde 2021 sou Analista de Treinamento na MLF Soluções Tecnológicas e Educação Corporativa, empresa sediada em Belo Horizonte.
Em outras oportunidades, tentei estudar e criar um curso sobre o Power Automate, mas com a agenda de treinamentos cheia, com a mudança dos temas constantes, o estudo e criação do curso ficou em segundo plano.
Há dois meses não teve jeito: precisei parar tudo o que estava fazendo pois estava na hora de montar um curso sobre o Power Automate. Antes de falar do curso, vou falar das dificuldades que já tinha, antes mesmo de começar.
Mesmo assistindo vários vídeos no Youtube, tentando criar aplicativos, só tive frustrações (acho que você já passou por isso também não?). Depois de praticamente uns dois dias de estudo, continuava na mesma: odiava o Power Automate e a dificuldade que eu tinha de entender o aplicativo. Não conseguia conectar os recursos do aplicativo com minhas atividades. Não enxergava aplicação que pudesse criar na prática… E isso é um grande problema: sem enxergar algo em que possa usar, não consigo ter interesse em um software.
Então apliquei uma técnica de aprendizado que já usei para outros aplicativos (Project, Power Apps, Office Script e há muito tempo atrás, para aprender o VBA): comecei do zero absoluto. E dessa vez tinha que dar certo!
Deixei de lado todo conhecimento “que eu achava que tinha” no Power Automate e abri o melhor dos materiais de estudo: o site oficial da ferramenta. Nunca viu esse site? Não perca a oportunidade, clique aqui que você terá acesso a esse material fantástico!
Vamos lá! Na página do Learn do aplicativo, fui direto no link: “O que é o Power Automate”. Começando com o básico: para que ele serve, nas palavras do criador!
A leitura é ótima! Saber para que serve o aplicativo, com a visão “sem deturpação ou ruído na comunicação” já começa a abrir o horizonte.
Próximo passo: abrir o aplicativo e conhecer o ambiente. Não tentei criar nada, só vi o ambiente mesmo, clicando aleatoriamente nos elementos e entendendo sua disposição e funcionalidade.
O que mais me irritou no processo de aprendizado sem método foi que, sem exceção, todos os tutoriais que vi era do tipo: vamos ver um modelo pronto, que conecta tudo com todos… E a dúvida sempre era: Ok, mas o que está por trás do modelo pronto? Eu nunca gostei de trabalhar com esse esquema de estudo, pois modelos prontos carregam vícios dos criadores, geram atalhos ruins para o aprendizado, gera desconhecimento do processo para chegar no resultado final.
E porque não aprender sem esses vícios ou atalhos de aprendizado?
E fui para o próximo passo…
Eu sempre começo pelo básico da linguagem ou pelos recursos mais simples. Acredito que, se a técnica serviu para mim, talvez sirva para você também.
Pegue papel e caneta e anote, quais são as perguntas que faço e tento responder no processo do aprendizado:
- como o ambiente trabalha com as operações matemáticas essenciais?
- como o ambiente faz operações comparativas?
- quais são os tipos primitivos de dados que a linguagem ou ferramenta trabalha?
- como se declara uma variável?
- como se utiliza a variável?
- quais são os escopos de aplicação de uma variável?
- quais são as funções básicas de tratamento de números?
- quais são as funções básicas de texto?
- quais são as estruturas de repetição?
- quais são as estruturas de decisão?
Anotou tudo?
Esse é o método que utilizo e que compartilho com você para aprender melhor (como disse antes, para mim não tem falhado nos últimos 2 anos).
Esse é o segredo que eu utilizo para um novo aprendizado… Construo tijolo por tijolo este novo conhecimento. Calçando-o com a base necessária para evoluir para outros níveis e patamares.
Depois dessa base criada, ai sim gosto de ir para os modelos prontos e “entender” como o processo trabalha nos bastidores (backend para os técnicos de plantão!).
Ir para soluções mais complexas é um pequeno passo.
Depois disso assistir a um vídeo tutorial “fará mais sentido”! Tentar criar algo fará mais sentido! Um horizonte de possibilidades é aberto!
O curso que produzi, depois desse roteiro somou 122 aulas de Power Automate, mais de 14 horas de conteúdo em vídeo que presencialmente, passa fácil das 24 horas de curso.
Neste curso respondo cada uma das dúvidas acima com um conjunto de aulas específicas sobre o assunto e no final preparei alguns exemplos práticos, usando o conhecimento que adquiri e, o principal: sem utilizar os modelos prontos!
Você pode estar pensando: mas, os modelos prontos não permitem ganhar tempo e produtividade?
A resposta é sim! Mas, somente se você tiver um problema no qual um modelo resolve!
Já tentou pegar um modelo e adaptá-lo para a sua realidade? Sem dúvida alguma você gastou muito mais tempo nessa criação do que se escrevesse o processo e depois programá-lo no Power Automate!
De forma alguma vou comparar meu conhecimento com o domínio de grandes nomes no mercado que estão trabalhando com o Power Automate, Power Apps, e toda a família de produtos novos Low Code da Microsoft há muito tempo. Os amigos Heber Lopes, Gustavo Moraes, Eduardo Amaral, Leonardo Russo, Douglas Romão, Renato Romão, Ronan Vico, entre outros e que fazem um trabalho fantástico na propagação e uso das ferramentas citadas.
Um dia, quem sabe, possa estar na lista junto com esses caras incríveis! O caminho é árduo, muitas turmas de treinamento pela frente na MLF, muitos fóruns de discussão para ajudar quem tem dúvida e consolidar o conhecimento.
Um dia eu chego lá!
Que assunto gostaria que eu escrevesse no próximo artigo?
Deixe sua sugestão nos comentários!
Até o
próximo artigo!
Alessandro Trovato
Compartilhando conhecimento, sempre!
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